quinta-feira, 21 de março de 2013

Transição da Idade Média para a Idade Moderna (Crise do Século XIV; Formação das Monarquias Nacionais: Absolutismo, Teóricos e Mercantilismo; Renascimento/Humanismo e Grandes Navegações


Durante a Baixa Idade Média começaram a ser formados os elementos que, após gestacionados, contribuiriam para o seu fim. Podemos enumerar vários fatores que, aos poucos, foram desestruturando o sistema feudal (elemento central da organização medieval), como as Cruzadas, as heresias medievais, a desagregação do sistema servil, o aumento demográfico e os já conhecidos Renascimento Comercial e Urbano.
Esta lenta agonia da Idade Média teve como acelerador a CRISE DO SÉCULO XIV, onde foram conjugados novos elementos desestruturadores como a fome, a peste e as guerras, que indiretamente e diretamente aceleraram e "sepultaram" o Medievo no século seguinte (XV - 1453 - fim da Idade Média).

No processo de estruturação e FORMAÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS, os elementos que desestruturam o feudalismo, estimularam o oposto - da descentralização, nasce a centralização; de uma Europa rural e servil, nasce um continente urbano e de trabalho múltiplo; da estamentalidade social, surge a mobilidade (certo que restrita).
A Aliança Rei-Burguesia foi crucial para o surgimento destas monarquias centralizadas e por esta surge uma economia centralizada caracterizada por sistemas padronizados de pesos e medidas, moedas, taxas e pedágios "nacionais". O sistema jurídico unificado também é um elemento agregador dessa nova realidade.
Na parte teórica, uma série de pensadores/filósofos legitimaram essa agregação territorial, como o florentino Nicolau Maquiavel e o inglês Thomas Hobbes.

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As transformações políticas,econômicas e ideológicas foram seguidas por outras áreas, entre elas o RENASCIMENTO CULTURAL (HUMANISMO), este movimento é fruto da reabilitação comercial da Bacia do Mediterrâneo que tornou-se monopólio marítimo-comercial das cidades italianas. Estas por sua vez, estimularam através da prática do Mecenato a produção e a proteção artística, fazendo com que talentos aflorascem e fossem cada vez mais estimulados a levarem a universalidade do seu pensamento para as suas produções.
Aqui temos o confronto de dois mundos: Pensamento Medieval x Pensamento Moderno - desta dualidade, surgirá um mundo que não rompe totalmente com o medieval, ao contrário carrega muito mais sua herança, acrescido de elementos resgatados da tradição greco-romana e de outros totalmente novos.

As GRANDES NAVEGAÇÕES (Expansionismo Marítimo) é mais um movimento fruto da grande desestabilização do sistema feudal ao longo da Baixa Idade Média, onde a necessidade do fortalecimento da burguesia mercantil e da economia mercantilista, acrescido da necessidade de especiárias, expansão da fé cristão e conquista de novos territórios.
No decorrer deste processo são essenciais alguns desafios, como o enfrentamento dos perigos imaginários e uma nova postura antes os perigos reais, soma-se o contato belicoso com outras culturas e a empresa dispendiosa das navegações.
Da consequência deste processo culmina a descoberta de um novo caminho marítimo para as Índias, da descoberta da América e de uma série de alterações como nas comunicações, na noção de tempo e distância.


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